Minotauro (Folha de Intervenção Artística) pretende afirmar-se enquanto veículo promotor de ideias que, de modo plural, promovam melhores práticas e uma maior visibilidade da importância da arte nos processos globais de desenvolvimento.
Não será uma folha expositiva, mas antes um meio onde possamos, com aquilo que sabemos, propor novas abordagens a uma realidade de que tantas vezes nos queixamos, mas para a qual algumas vezes nos esquecemos de contribuir de modo substantivo.
Estamos cá para propor, mais do que para expor. Estamos cá para assumir a nossa parte de responsabilidade no modelo de desenvolvimento que pretendemos, sem que estejamos de antemão contra o que quer que seja, ou incondicionalmente a favor do que quer que seja.
A intervenção, como a entendemos, não se compadece com assuntos fechados ou indiscutíveis. A intervenção que pretendemos é aquela que possa ter consequência, que possa deixar uma marca, contando com todos os riscos que assistem ao que tem consequência e deixa marca.
A editora Labirinto há muito que tem esta relação de proximidade com o tornar possível aquilo que muitos não querem e outros tantos consideram impossível. É no âmbito dessa liberdade, desenhada pelos afectos e por uma forma convicta de contribuir para que, do seu gesto, o mundo se vá transformando, que decidimos dar mais este passo e chamar até nós mais gente, mais vozes, unidos pela vontade e pela consciência de que actuar em comum aumenta-nos a responsabilidade, mas na mesma proporção também faz crescer a nossa consciência cidadã, essa sim, a melhor herança que poderemos deixar a quem connosco e depois de nós fará das sociedades lugares de encontro e de diversidade, lugares onde a expressão humana faça transparecer progresso e partilha, lugares onde da expressão humana se reforcem consciências e se alarguem os limites onde colocamos os melhores sonhos, onde cuidamos das melhores utopias, aquelas que têm chão no coração vivido dos Homens.
Pompeu Miguel Martins
segunda-feira, 25 de junho de 2007
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